Metaverso e oportunidades profissionais para arquitetos e engenheiros



Metaverso e oportunidades profissionais para arquitetos e engenheiros
Foto por UK Black Tech, via Unsplash - ArchDaily Brasil/Reprodução.




Desde que Mark Zuckerberg, CEO do Meta, mudou o nome da sua empresa e anunciou um maior investimento no chamado “metaverso”, as buscas por esse termo aumentaram consideravelmente. E, apesar de não ser um conceito novo, os temas da tecnologia que margeiam o assunto explodiram nos últimos anos.


Criptomoedas, NFTs e toda a criação de um mundo econômico virtual ajudam a dimensionar como o metaverso vem se impondo no nosso cotidiano. No entanto, as oportunidades não param nas mudanças financeiras: o metaverso vem se mostrando um espaço importante também para engenheiros e arquitetos.



O que significa metaverso?


De maneira simplificada, podemos dizer que o metaverso é um mundo virtual. Ou seja: é um espaço completamente digital, que existe graças ao uso de ferramentas tecnológicas, onde se replica a realidade com o objetivo de melhorar ainda mais a conexão social.


O principal foco dessa tecnologia é que, um dia, possamos trabalhar, estudar e mesmo conviver uns com os outros sem que, para isso, seja necessário sair de casa.


De acordo com especialistas da área da tecnologia, o metaverso é o avanço natural da internet, e promove mudanças significativas na maneira como pensamos e interagimos. O conceito ainda precisa avançar muito, mas já é possível ter uma ideia de como será viver nesse novo mundo.


Cortesia de Eren Burak Kuru - ArchDaily Brasil/Reprodução.




Os videogames que usam realidade aumentada são uma ótima porta de entrada para quem deseja entender melhor como será a convivência no metaverso. As fronteiras entre o mundo virtual e o mundo real são reduzidas, e nós podemos interagir com objetos e pessoas que, na verdade, sequer existem.



Como o metaverso impacta engenheiros e arquitetos?

No metaverso, arquitetos e engenheiros podem usar seus conhecimentos e ferramentas tecnológicas para auxiliar na criação de espaços virtuais compartilhados. Com isso, ambas as profissões passam a ter mais espaço e oportunidades para se expandir.



Os impactos do metaverso para ambas as áreas são diversos:


Projetos em 3D


As modelagens em 3D já são uma realidade para diversas empresas de arquitetura e engenharia civil, principalmente no momento de apresentação de projetos de engenharia ou arquitetura. No contexto do metaverso, novas tecnologias podem ajudar a criar espaços ainda mais detalhados.


ZHA_RAS_Architecting the Metaverse. Imagem © Kyungsub Shin - ArchDaily Brasil/Reprodução.



É o caso, por exemplo, do BIM (Modelagem da Informação da Construção), uma ferramenta que possibilita o processo de integração de dados estruturados e multidisciplinares. Com eles, é possível criar uma representação de um projeto ou recurso desde o seu planejamento até a sua execução.



Novas formas de negócio


Com o metaverso e as novas ferramentas de tecnologia que estão surgindo, engenheiros e arquitetos precisarão lidar com novas maneiras de pensar e apresentar um negócio. Isso porque, com essas mudanças, passa a ser possível apresentar aos clientes uma realidade que eles talvez não consigam sequer imaginar.


Isso significa, também, que é preciso pensar em soluções que atendam a milhares de pessoas ao redor de todo o mundo. Afinal, as barreiras geográficas caem por terra, e um espaço no metaverso deve conversar com diversas culturas e estilos de vida.



Economia digital


Um dos impactos do metaverso que já podem ser sentidos atualmente é a criação e a solidificação de uma economia digital, a partir de soluções como as criptomoedas e as NFTs. 


Mars House. Cortesia de Krista Kim - ArchDaily Brasil/Reprodução.



No contexto da engenharia e da arquitetura, essa mudança pode se refletir na criação de designs digitais inovadores, que também poderão passar a ser comercializados como NTFs, ou adquiridos através das criptomoedas. Essa nova monetização impacta os negócios da área, tornando-os mais ou menos significativos para o espaço virtual.



Quais são os benefícios do metaverso para a engenharia e a arquitetura?


Para além das mudanças que podem ser observadas na engenharia e na arquitetura com o avanço do metaverso e de novas tecnologias, há também os benefícios que esse novo cenário traz para essas profissões.



Melhor dimensionamento de projetos


Com o metaverso, é muito mais fácil mostrar aos clientes como os seus projetos serão executados, desde o planejamento até a fase final. Isso gera um melhor dimensionamento porque possibilita maior previsibilidade e melhor alinhamento de expectativas.


Cortesia de Buse Sahin - ArchDaily Brasil/Reprodução.



Assim, tanto os engenheiros e arquitetos quanto os clientes sabem exatamente em que fase o projeto está, para onde ele deve seguir e quais serão os resultados finais. Essa transparência aumenta a satisfação e as chances de contratação.



Comunicação facilitada


O metaverso também possibilita uma outra vantagem para engenheiros e arquitetos: o alinhamento mais fácil com clientes. Com a comunicação virtual, é mais simples entrar em contato com essas pessoas, indicando a conclusão de etapas e recebendo o “ok” para a continuação do projeto.


Isso pode representar uma redução do prazo final da obra, além de fazer com que a resolução de problemas aconteça de maneira mais rápida e assertiva.


Exposição 'Meta-Horizons: The Future Now' de Zaha Hadid Architects. Cortesia de ZHA - ArchDaily Brasil/Reprodução.




Reforça o valor dessas profissões


A arquitetura e a engenharia são profissões antigas e sua importância é, muitas vezes, deixada de lado no dia a dia. Com a era digital, é possível recuperar esse valor e também redefini-lo, ajustando-o às expectativas e funcionalidades do mundo virtual.


Em um mundo completamente digital, poderiam essas profissões contribuir para a sensação de familiaridade, de conforto e mesmo de materialidade? Como é possível reinventar essas profissões, agora? Essas são questões que também permearão o trabalho de engenheiros e arquitetos do futuro.



Fonte:

- ArchDaily Brasil.



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