Mais de 35 milhões de brasileiros não possuem abastecimento de água tratada e quase 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto



Mais de 35 milhões de brasileiros não possuem abastecimento de água tratada e quase 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto

Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população, a produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica.

 

No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.

 

Embora atualmente se use no Brasil o conceito de Saneamento Ambiental como sendo os 4 serviços citados acima, o mais comum é o saneamento seja visto como sendo os serviços de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos.

 

 

Sua importância



 

Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na Saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios e na preservação dos recursos hídricos, etc.

 

Em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 340 mil internações por infecções gastrintestinais no país.

 

Em vinte anos (2015 a 2035), considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor presente da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com internação no SUS, deve alcançar R$ 7,239 bilhões no país.

 

 

No Brasil...

 


ÁGUA



 


Atendimento

·         83,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada.

·         São quase 35 milhões de brasileiros sem o acesso a este serviço básico.

·         Em 2016, 1 em cada 7 mulheres brasileiras não tinha acesso à água.

 


Consumo

·         O consumo médio de água no país é de 154,1 litros por habitante ao dia. Em 2016, os consumos apresentam variações regionais de 112,5 l/hab.dia no Nordeste a 179,7 l/hab.dia no Sudeste.

·         110 litros /dia é a quantidades de água suficiente para atender as necessidades básicas de uma pessoa, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

·         14,3% das crianças e dos adolescentes não têm acesso à água.

·         7,5% das crianças e dos adolescentes têm água em casa, mas não é filtrada ou procedente de fonte segura

·         6,8% das crianças e dos adolescentes não contam com sistema de água dentro de suas casas

 

Dados por região




·         No Norte, 57,49% da população é abastecida com água tratada;

·         O abastecimento de água acontece para 73,25% da população no Nordeste;

·         A região Sudeste abastece 91,25% da população com água tratada;

·         No Sul, o índice de atendimento total de água é de 89,68%;

·         O Centro-Oeste, abastece 90,13% da população com água tratada.

  


Perdas

 

 

Ao distribuir água para garantir consumo, os sistemas sofrem perdas na distribuição, que na média nacional alcançam 38,29% (SNIS, 2017) 

 

Dados por região

·         O Norte perde 55,14% da água potável

·         As perdas de água são de 46,25% no Nordeste

·         Antes de chegar as residências, 34,35% da água é perdida na região Sudeste

·         O índice de perdas na região Sul é de 36,54%

·         O Centro Oeste perde 34,14% da água potável antes de chegar as residências

 

 

Águas Subterrâneas

·         O total de água extraída em poços é de 17,580 Mm³/ano, volume suficiente para abastecer a população brasileira por 1 ano.

·         18% da água subterrânea é utilizada para abastecimento público urbano.

·         Os custos envolvidos na perfuração e instalação de poços tubulares somam mais de R$ 75 bilhões, valor equivalente a 6,5 anos de investimentos do Brasil em água e esgotos.

·         Existem mais de 2,5 milhões de poços tubulares.

·         88% dos poços tubulares são clandestinos.

·         5.570 municípios brasileiros são abastecidos por águas subterrâneas.

·         O subsolo do país recebe cerca de 4.329 Mm³ de esgotos por ano.

·         Cerca de 6 mil áreas de aquíferos e águas subterrâneas estão contaminadas no estado de São Paulo.

 

Fontes: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2017)

- Perdas de Água - Desafios para Disponibilidade Hídrica e Avanço da Eficiência do Saneamento Básico – 2018

- UNICEF – Pobreza na Infância 2018

- O saneamento e a vida da mulher brasileira 2018 – Instituto Trata Brasil

  


ESGOTO

 


 

Coleta

·         52,36% da população têm acesso à coleta de esgoto

·         Quase 100 Milhões de brasileiros não têm acesso a este serviço

·         Mais de 3,5 milhões de brasileiros, nas 100 maiores cidades do país, despejam esgoto irregularmente, mesmo tendo redes coletoras disponíveis

·         Cerca de 13 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso ao saneamento básico

·         3,1% das crianças e dos adolescentes não têm sanitário em casa

  


Dados por região

·         No Norte, 10,24% da população têm acesso aos esgotos

·         26,87% dos nordestinos têm atendimento de esgotos

·         78,56% da população na região Sudeste têm o esgoto coletado

·         A parcela da população com coleta de esgoto na região Sul é de 43,93%

·         Centro Oeste atende 53,88% da população com coleta de esgoto

 

 

Tratamento




·         46% dos esgotos do país são tratados.

·         A média das 100 maiores cidades brasileiras em tratamento dos esgotos foi de 50,26%. Apenas 10 delas tratam acima de 80% de seus esgotos.

 


Dados por região

·         O tratamento de esgoto é de 22,58% na região Norte;

·         O Nordeste trata 34,73% dos esgotos;

·         O esgoto tratado no Sudeste é de 50,39%;

·         O Sul trata 44,93% dos esgotos;

·         O índice de tratamento de esgoto é de 52,02% no Centro Oeste;

 

Fontes: - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2017)

- Estudo Trata Brasil “ Ociosidade das Redes de Esgoto – 2015”

- UNICEF – Pobreza na Infância 2018

  


Planos de Saneamento

 

41,5% dos municípios possui o Plano Municipal de Saneamento Básico, regulamentado ou não.


 

Fonte: Perfil dos Municípios Brasileiros – IBGE, 2018


  

Preservação


·         O Brasil possui quase 13% dos recursos hídricos superficiais do planeta. No entanto, 73% deles concentram-se na bacia hidrográfica amazônica, onde mora apenas 4% da população brasileira;

 

·         3.500 piscinas olímpicas de esgotos são despejadas em rios, mares e cursos d’água, apenas pelas 100 maiores cidades brasileiras.

  

·         Imóveis em áreas com saneamento chegam a valer quase 14% mais do que outro em área sem os serviços.

 

·         A valorização dos imóveis chegaria a R$ 178,3 bilhões, portanto, sozinha, compensaria parcialmente o custo da universalização do saneamento para o Brasil, que foi estimado em R$ 313,2 bilhões pelo estudo.

  

Fontes: - Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro - Instituto Trata Brasil / CEBDS, 2014

- Ranking do Saneamento (SNIS 2011) - Instituto Trata Brasil, 2013

 

 

Turismo

 


·         Os dados do IBGE indicam que em 2015 havia 6,7 milhões de pessoas trabalhando no turismo;

 

·         Se houvesse saneamento básico adequado em todas as áreas urbanas do país, poderiam ser quase 7 milhões de pessoas ocupadas no setor.

  

·         Foram R$ 5,8 bilhões de renda do trabalho que deixou de ser gerada por conta da degradação ambiental de áreas por falta de saneamento básico.

 

·         Foram R$ 3,6 bilhões de lucros e impostos que deixaram de ser arrecadados por conta da degradação ambiental de áreas por falta de saneamento básico.

  

·         No Nordeste, perdeu-se R$ 2,6 bilhões de renda do turismo em 2015 pela falta de saneamento, o que representou 27,5% das perdas no turismo brasileiro como um todo.

 

·         Espera-se ganhos de renda do turismo devidos à universalização do saneamento atinjam em média R$ 1,2 bilhão por ano no período de 2015 a 2035.

  

·         Em vinte anos, os ganhos com a valorização ambiental para o turismo brasileiro devem atingir R$ 24,5 bilhões.

 

·         Estima-se que os ganhos de renda do turismo no Brasil devidos à universalização do saneamento de R$ 2,1 bilhões por ano, no período de 2016 a 2036, atinjam R$ 42,8 bilhões no país.

 

Fonte: Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2018 - Instituto Trata Brasil


  

Trabalho

 

·         Entre 2005 e 2015, o investimento do setor de saneamento brasileiro foi, em média, de R$ 9,3 bilhões por ano.

 

·         As operações de água e esgotos no país obtiveram uma receita operacional total de R$ 39,5 bilhões.

  

·         As operações sustentaram um total de 340,4 mil empregos e geraram R$ 43,9 bilhões de renda anual na economia brasileira.

 

·         De 340 mil empregos, 198 mil (58,2%) foram no Sudeste, 53 mil (15,6%) no Sul, 51 mil (15,1%) no Nordeste, 29 mil (8,4%) no Centro-Oeste e 9 mil (2,7%) no Norte.

  

·         Em 2015 o número de trabalhadores afastados foi de 6,4 milhões, mas que deverá cair a 5,3 milhões em 2035, em se chegando à universalização do saneamento.

 

·         Cada R$ 1.000,00 investido em obras de saneamento gerou uma renda na cadeia produtiva da Construção Civil de R$ 1.190,00 na economia.

  

·         As obras de saneamento básico sustentaram quase 69 mil empregos diretos por ano na Construção Civil.

 

·         Os investimentos em saneamento sustentaram 142 mil empregos por ano no país e geraram R$ 13,6 bilhões por ano de renda na economia brasileira entre 2004 e 2016.

  

·         Para cada R$ 1,00 investido em obras de saneamento, foi gerada uma renda de R$ 1,22 na economia.

 

·         Entre 2004 e 2016, o investimento em saneamento no Brasil passou de R$ 3,103 bilhões para R$ 11,488 bilhões, o que indica um crescimento de 11,5% ao ano.

  

·         As operações de saneamento na região centro-oeste do Brasil foram responsáveis pela geração de 33,8 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos.

 

Fontes: - Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2018 - Instituto Trata Brasil

- Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2017 - Instituto Trata Brasil


  

Saúde



 

·         Cada R$ 1,00 investido em saneamento gera economia de R$ 4,00 na saúde;

 

·         Em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 340 mil internações por infecções gastrintestinais no país;

 

·         O custo de uma internação por infecção gastrintestinal no Sistema Único de Saúde (SUS) foi de cerca de R$ 355,71 por paciente na média nacional.

 

·         Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgoto haveria uma redução, em termos absolutos, de 74,6 mil internações. 56% dessa redução ocorreria no Nordeste.

  

·         Em 2013, o país teve mais de 14 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito;

 

·         A cada afastamento as pessoas ficaram longe de suas atividades por 3,32 dias em média. Isso significa que essas doenças causaram 49,8 milhões de dias de afastamento ao longo de um ano.

  

·         Em 2015, o custo com horas não trabalhadas alcançou R$ 872 milhões. Para 2035, espera-se um custo com horas não trabalhadas de R$ 730 milhões. Isso equivale a uma economia de R$ 142 milhões no ano de 2035 em relação ao estimado para 2015.

 

·         Em 2013, tivemos 391 mil Internações por conta de doenças gastrointestinais infecciosas;

  

·         Deve haver redução das despesas com internações por infecções gastrointestinais na rede hospitalar do SUS. Esses gastos deverão passar de R$ 95 milhões em 2015 para R$ 72 milhões em 2035.

 

·         Em vinte anos (2015 a 2035), considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor presente da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com internação no SUS, deve alcançar R$ 7,239 bilhões no país.

  

·         Em 2013 foram registrados 4.809 óbitos em razão das infecções gastrointestinais. 2.614 dos óbitos foram mulheres e 2.195 foram homens.

 

·         Estima-se que houve um total de 14,982 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito no país ao longo do ano de 2013.

  

·         Em 2013, o país teve 14,9 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito.

 

·         A cada afastamento as pessoas ficaram longe de suas atividades por 3,3 dias em média.

 

Fontes: - Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2018 - Instituto Trata Brasil

- Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro - Instituto Trata Brasil / CEBDS, 2014

- Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2017 - Instituto Trata Brasil

- Organização Mundial da Saúde (OMS)

  


Educação

 

·         95,3% das escolas dispõem do serviço por meio de rede pública ou utilizam fossa;

 

·         96,3% das escolas dispõem de abastecimento de água, mas a rede pública de abastecimento chega a apenas 72% das escolas;

  

·         60,7% das creches têm banheiro adequado à educação infantil;

 

·         42,8% das pré-escolas têm banheiro adequado à educação infantil.

  

·         Na zona rural, 14,7% das escolas de ensino fundamental não têm esgoto sanitário e 11,3% não têm abastecimento de água. Na zona urbana, esses percentuais são 0,3% e 0,2% respectivamente;

 

·         Moradores de áreas sem acesso à rede de distribuição de água e de coleta de esgotos têm um aumento do atraso escolar, ou seja, uma escolaridade menor significa uma perda de produtividade e de remuneração das gerações futuras. Somente o custo desse atraso escolar devido à falta de saneamento alcançou R$ 16,6 bilhões em 2015.

  

·         Em média, as jovens que moram em domicílios têm 1,2 ano de atraso escolar a menos que aquelas que moravam em residências sem banheiro.

 

Fontes: - O saneamento e a vida da mulher brasileira 2018 – Instituto Trata Brasil

- Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2018 - Instituto Trata Brasil

- Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2017 - Instituto Trata Brasil

- Censo Escolar 2018

  


Cidadania

 


 

·         Em 2012, de 1.008 pessoas entrevistadas, 13% não sabiam o que era saneamento básico. 6% responderam que saneamento é saúde.

 

·         Mesmo o esgoto sendo um problema para muitas cidades, a população identificou o esgoto como o 6º maior problema, atrás de saúde, segurança, drogas, educação e transporte.

  

·         Quanto ao destino de seus esgotos, 49% afirmaram ir para a natureza (soma dos 31% - rios, 8% - mar, 7% - córregos e 3% - ruas). 19% que vão para um centro de tratamento; 29% afirmaram não saber.

 

·         A maior parte dos entrevistados (68%) sabe que o Prefeito é o responsável. 19% dizem ser o Estado, 3% o Governo Federal e 4% as empresas privadas.

  

·         75% das pessoas disseram que nunca cobraram nenhuma providência da prefeitura com relação à falta de saneamento.

 

·         Casas têm mais TVs e menos redes de esgotos em 11 estados brasileiros;

  

·         Uma mulher morando em uma residência sem acesso regular à água tratada recebia em média 3,6% a menos de remuneração que uma mulher que tivesse acesso a esse serviço.

 

·         Serão necessários R$ 443,5 bilhões em 20 anos para que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de água e esgoto e um investimento anual mínimo de R$ 22,2 bilhões.

  

·         Os trabalhadores que residiam em moradias sem acesso ao saneamento básico receberam 52,4% a menos que aqueles que viviam em residências com acesso ao saneamento em 2016.

 

·         A ausência de banheiro reduz o valor de um imóvel em 7,4%.

  

·         Considerando dois imóveis em bairros similares e que se diferenciam apenas pelo acesso ao saneamento, o que estava ligado às redes de distribuição de água e de coleta de esgoto pode ter seu valor elevado em quase 16,4%.


 

Fontes: - O saneamento e a vida da mulher brasileira 2018 – Instituto Trata Brasil

- Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento brasileiro 2018 - Instituto Trata Brasil

- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2013

- A percepção do brasileiro quanto ao saneamento básico e a responsabilidade do poder público - Instituto Trata Brasil - Ibope, 2012


  

Projeto Gotas de Futuro

 

No ano de 2017, o Instituto Trata Brasil lançou um novo projeto em parceria com a atleta Daiane dos Santos. Trata-se do “Água na Escola – Gotas de Futuro”, que aconteceu em algumas escolas das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, mais próximas à bairros e regiões que abrigam mais de 40 mil moradores e cujas escolas demandam atividades de educação ambiental. É também um local que busca resolver os problemas de saneamento básico, em especial o acesso ao esgotamento sanitário.

 

A parceria com Daiane dos Santos foi natural, uma vez que a atleta já é Embaixadora do Instituto e muito ligada às causas ambientais. Daiane é um exemplo não somente de atleta, tendo conquistado inúmeros títulos nacionais e internacionais, mas também como educadora, através do projeto “Brasileirinhos” e outros que buscam formar jovens cidadãos nos conceitos de responsabilidade social, cidadania, autoestima e confiança.

 

O tema “saneamento básico” foi escolhido porque no Brasil ainda há grandes desigualdades no acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgotos. Segundo o Ministério das Cidades, ano 2015, o país ainda possui mais de 35 milhões de brasileiros sem água tratada e cerca de 100 milhões sem coleta de esgotos, principalmente nas áreas mais vulneráveis (favelas, áreas irregulares, bairros afastados).

 

O projeto objetiva, através de palestras recreativas e atividades lúdicas, conscientizar pais, alunos, professores e funcionários sobre a importância do uso racional da água e de reivindicarem as redes para coleta e tratamento dos esgotos. Trata também da importância de as moradias estarem conectadas às redes, onde elas já estejam instaladas. Saneamento básico ajuda a termos qualidade de vida e nos protege contra as doenças da água poluída.

 

Já foram atingidos mais de 22 mil alunos em mais de 5 estados brasileiros. Confira:

      


Painel Saneamento Brasil

 


(Foto: Painel Saneamento Brasil/Reprodução)
 

O Painel Saneamento Brasil é uma iniciativa do Instituto Trata Brasil - ITB. Nasceu com o intuito de levar mais informações aos brasileiros para que tenham acesso à situação do saneamento nas cidades onde moram e verifiquem se possuem o atendimento apropriado em relação a este serviço.

 

É um portal que disponibiliza informações sobre saneamento básico, mas que também mostra os impactos sociais, econômicos e ambientais da falta deste serviço, bem como os benefícios quando os serviços chegam de forma apropriada. Permite que o cidadão tenha acesso fácil aos dados de diferentes localidades, desde Municípios, Estados e Regiões Metropolitanas e, também, compare localidades e indicadores de saneamento ligados a saúde e renda, educação, valorização imobiliária, impactos ao turismo, entre outros.

 

A proposta é o Painel trazer indicadores dos 839 municípios com população acima de 50 mil habitantes, iniciando pelas 200 maiores cidades.

   

Conheça o SNIS

 

O Governo Federal administra o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS no âmbito da Secretaria Nacional de Saneamento (SNS) do Ministério do Desenvolvimento Regional.

 

O SNIS se constitui um importante sistema de informações do setor saneamento no Brasil, apoiando-se em um banco de dados que contém informações de caráter institucional, administrativo, operacional, gerencial, econômico-financeiro, contábil e de qualidade sobre a prestação de serviços de água, de esgotos e de manejo de resíduos sólidos urbanos.

 

Dentre os objetivos do SNIS destacam-se: (i) planejamento e execução de políticas públicas; (ii) orientação da aplicação de recursos; (iii) conhecimento e avaliação do setor saneamento; (iv) avaliação de desempenho dos serviços; (v) aperfeiçoamento da gestão; (vi) orientação de atividades regulatórias e de fiscalização; e (vii) exercício do controle social. Além disso, a consolidação do SNIS, desde 1995, permite a utilização dos seus indicadores como referência para comparação e como guia para medição de desempenho da prestação de serviços.

 

O SNIS atualmente está dividido em dois componentes: água e esgotos (SNIS-AE) e resíduos sólidos (SNIS-RS). As informações do SNIS são coletadas anualmente e provêm de prestadores de serviços ou órgãos municipais encarregados da gestão dos serviços, sendo a base de dados totalmente pública e disponibilizada gratuitamente no sítio www.snis.gov.br.

 

A metodologia do SNIS considera uma tipologia de prestadores de serviços apoiada em três características básicas:

 

·         a abrangência da sua atuação (diferenciando os prestadores pela quantidade e complexidade dos sistemas de provimento dos serviços, tanto os sistemas físicos como os político/institucionais e os espaciais/geográficos);

 

·         a natureza jurídico-administrativa (diferenciando os prestadores do ponto de vista da formalidade legal e administrativa a que estão submetidos em todas as dimensões da sua atuação); e

  

·         os tipos de serviços de saneamento que são oferecidos aos usuários (água, água e esgotos, esgotos, resíduos sólidos urbanos).

·          

 

SNIS - Série Histórica

 

O SNIS - Série Histórica é um programa via web que permite consultar as informações e os indicadores do SNIS em seus dois componentes: "Água e Esgotos" e/ou "Resíduos Sólidos Urbanos", desde os primeiros anos de coleta até o atual. Ele permite também realizar o cruzamento dos dados para possibilitar melhor compreensão e avaliação do setor de saneamento.

 

Os dados do SNIS para o componente Água e Esgotos agrupam-se segundo três bases: dados agregados, dados desagregados e dados municipais. O componente Resíduos Sólidos Urbanos contém apenas base de dados municipais.

 

A base agregada contém as informações coletadas por meio dos formulários específicos e corresponde ao valor de cada campo para o conjunto de municípios atendidos por um determinado prestador. Assim, a quantidade de ligações totais de água, por exemplo, é a soma dos valores individuais de cada município em que um prestador de serviços opera. Esta agregação acontece para os prestadores de serviços de abrangência regional e microrregional, que atendem a dois ou mais municípios. Os mesmos formulários são também preenchidos pelos prestadores de serviços de abrangência local, embora atendam a um único município.

 

Sendo assim, quando um município é atendido por dois ou mais prestadores de serviços é possível acessar tanto os dados agregados do município quanto os dados de cada prestador que nele atua.

 

A base desagregada se aplica aos prestadores de serviços de abrangência regional e microrregional. Ela contém as informações preenchidas pelos prestadores de serviços em formulários específicos para dados desagregados, e corresponde ao valor individual de cada campo, para cada município atendido. Para prestadores de serviços locais as informações agregadas e desagregadas são as mesmas.

 

A base de dados municipal corresponde às informações de cada município, independentemente de quem seja (m) o (s) prestador(es) de serviços. Nessa base, sempre que um determinado município é atendido por dois ou mais prestadores de serviços, seus dados são consolidados antes de serem incluídos na base municipal.

 

O Aplicativo da Série Histórica do SNIS disponibiliza de forma amigável todo esse acervo de dados do Sistema, possibilitando acesso irrestrito às informações e indicadores constantes dos bancos de dados, em seus dois componentes: "Água e Esgotos" e "Resíduos Sólidos Urbanos". A disposição das consultas em abas e o menu de opções tornam a navegação simples e intuitiva, permitindo ao usuário encontrar de forma rápida os dados procurados. Suas diversas funcionalidades permitem a realização de consultas e a exportação dos dados para planilhas eletrônicas.

 

Além disso, possibilitam ainda a introdução de consulta personalizada a critério do usuário, o agrupamento e ordenamento dos resultados, o cruzamento de dados de água e esgotos com resíduos sólidos, a exportação para o Excel, a busca de termos, definições e fórmulas de cálculo de indicadores no Glossário, dentre outros.

 

As consultas podem ser realizadas segundo diferentes critérios de entrada, tais como Ano de referência, Tipo de serviço, Abrangência, Natureza jurídica, Informação ou Indicador, Região Geográfica, Estado ou Município e, ainda, segundo o nome do prestador de serviços. Em todas as situações de agrupamento são fornecidas as totalizações para as informações, enquanto que no caso dos indicadores são fornecidas as médias ponderadas cujos cálculos seguem os critérios do SNIS.

 

Recomenda-se, antes de consultar qualquer informação ou indicador, fazer o download do Glossário de Informações e Indicadores para melhor compreender os códigos dos campos e as equações de cálculo dos indicadores.

  

Água e Esgotos

O componente "Água e Esgotos" reúne informações e indicadores, coletados desde 1995, dos prestadores de serviços que responderam ao SNIS em cada ano de referência. No SNIS – Série Histórica, os dados podem ser selecionados segundo cada prestador de serviços ou cada município presente no SNIS. São possíveis diversos tipos de agrupamento dos dados como, por exemplo, segundo o conjunto de municípios atendidos por determinado prestador de serviços, a unidade da federação, as regiões metropolitanas ou ainda as macrorregiões do país, dentre outros.

 

São exemplos de informações e indicadores:

 

·         quantidade de ligações (totais e ativas) e economias (ativas, micromedidas e residenciais);

·         extensão de rede de abastecimento de água e da rede coletora de esgotos;

·         volumes de água (produzido, tratado, consumido etc.) e de esgotos (coletado, tratado etc.);

·         consumo de energia elétrica;

·         receitas e despesas;

·         investimentos realizados;

·         paralisações e interrupções dos sistemas de água;

·         índice de atendimento com os serviços

·         índice de tratamento dos esgotos;

·         índice de perdas de água;

·         consumo médio per capita de água;

·         tarifa média praticada.

  

Municípios

 

A cada ano verifica-se, em quantidade cada vez maior, a situação em que um determinado município é atendido por mais de um prestador de serviços. Assim, o SNIS desenvolveu o banco de dados municipais, em que as informações são apresentadas por município.

 

Quando um determinado município apresenta um único prestador de serviços de água e esgotos, a informação do prestador é automaticamente transferida para o banco de dados municipais. Entretanto, quando um município apresenta mais de um prestador de serviços, as informações e os indicadores do referido município são estruturadas e consolidadas a partir de critérios específicos. Além disso, na base municipal os dados de Resíduos Sólidos são disponibilizados junto aos dados de Água e Esgotos.

   

Resíduos Sólidos

 

O componente "Resíduos Sólidos" possui informações e indicadores das prefeituras e órgãos municipais que responderam ao SNIS nos respectivos anos de referência, coletados desde 2002. No SNIS – Série Histórica, os dados são acessados segundo cada município presente no SNIS e podem ser agrupados segundo a unidade da federação, as regiões metropolitanas e as macrorregiões do país, dentre outros tipos de agrupamentos.

 

São exemplos de informações e indicadores:

 

·         quantidade coletada de resíduos;

·         quantidade de veículos utilizados;

·         quantidade de mão-de-obra empregada;

·         situação da coleta seletiva e quantidade de resíduos coletados;

·         cadastro de unidades de processamento de resíduos sólidos;

·         tipos de disposição final adotada e respectivas massas de resíduos recebidas;

·         situação dos resíduos dos serviços de saúde e da construção civil;

·         dados sobre catadores;

·         índice de atendimento com a coleta de resíduos;

·         massa média de resíduos coletados.

 

Fontes:

- Trata Brasil – Saneamento e Saúde

- Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS

- Painel Saneamento Brasil

 

Pós-Graduação