Webinar: Caminhos Técnicos de Água - Presente e Futuro. Não Perca!
Postado em: 16/06/2021
Discutir os tipos de reuso e suas respectivas características, discutir aspectos legais e normativos para este fim no Brasil o no mundo, apresentar casos de sucesso no Brasil e no mundo e tecnologias adequadas para cada tipo de reuso. Cada tecnologia de tratamento apresenta um efluente com uma determinada qualidade e esta deve ser confrontada com o custo possível de implantação e operação e com o risco associado. Tecnologias mais avançadas apresentam custo mais elevado, efluente com melhor qualidade e dessa forma o risco associado à prática desse reuso é menor. De maneira oposta, tecnologias mais simples são menos onerosas, mas apresentam efluente com qualidade inferior e, portanto risco maior de contaminação. Ressalta-se que ao fim do curso o aluno deverá ter habilidade para desenvolvimento de projeto conceitual e pleno conhecimento em relação às características das tipologias de reuso, suas vantagens e desvantagens.
Atualmente muito se fala em reuso de efluentes para diversos fins não potáveis no Brasil, porém pouco se pratica efetivamente. Em outros países que passam por elevados índices de estresse hídrico, a prática de reuso de efluente tratado é comum e supre uma importante demanda de água da região. Este por exemplo é o caso de Israel que reusa praticamente 80% do efluente gerado no país. O Brasil, além de ainda se encontrar em situação de baixos níveis de estresse hídrico, mesmo passando pela crise hídrica atual, não apresenta aspectos legais norteadores para a prática de reuso. Há algumas diretrizes e instrumentos legais regionais e até mesmo em Norma Técnica, porém não há um direcionamento ainda em relação aos parâmetros de qualidade de água com padrões requeridos para diversos usos. Dessa forma, atualmente o Brasil trabalha principalmente no sentido de se aplicar casos de sucesso além de construir um embasamento legal nacional para este fim. É sabido que a maior parte do esgoto gerado no Brasil ainda é lançado em corpos hídricos sem tratamento. E a operação das Estações de Tratamento de Esgotos, normalmente trabalha no sentido de apresentar efluentes com qualidade não para reuso, mas sim para lançamento em corpos receptores, de acordo com diretrizes pouco restritivas, na maioria dos casos. É necessário assim, um maior envolvimento técnico dos profissionais da área no Brasil, no sentido de se aplicar tecnologias mais aprimoradas de tratamento de efluente de modo a gerar efluentes com qualidade para reuso.
Engenheiros, Tecnólogos e Técnicos e áreas afins à Engenharia Sanitária.