(Foto: CVV/Facebook/Reprodução)
Nove
em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. O
dado, da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo
ajuda e atenção adequadas.
A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O
caminho é quebrar tabus e compartilhar
informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço
para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim,
mudar essa realidade.
Hoje, 32 brasileiros
se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos.
Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números
são muito maiores, pois a subnotificação
é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de
tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes.
Mas como buscar
ajuda se muitas vezes a pessoa sequer sabe que pode receber apoio e que o
que ela sente naquele momento é mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo,
como é possível oferecer ajuda a um amigo ou familiar se também não sabemos
identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais
adequada?
(Foto: CVV/Facebook/Reprodução)
É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas
determinações, mas saber reconhecer os
sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo. Isolamento,
mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que
gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho,
alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero
desaparecer” podem indicar necessidade
de ajuda.
O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na
realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece
insuportável.
O
movimento
O Setembro Amarelo
é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi
criado em 2015 pelo CVV (Centro de
Valorização da Vida), CFM (Conselho
Federal de Medicina) e ABP (Associação
Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o
Dia Mundial de Prevenção do Suicídio
(10 de setembro). A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais
diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa.
(Foto: CVV/Facebook/Reprodução)
Ao longo dos últimos anos, escolas, universidades,
entidades do setor público e privado e a população de forma geral se envolveram neste movimento que vai de
norte a sul do Brasil. Monumentos como o Cristo Redentor (RJ), o Congresso
Nacional e o Palácio do Itamaray (DF), o Estádio Beira Rio (RS) e o Elevador
Lacerda (BA), para citar apenas alguns, e até mesmo times de futebol, como o
Santos FC, Flamengo e Vitória da Bahia, participam da campanha.
Mas todos podem ser
divulgadores desta importante causa. Ações na rua, caminhadas, passeios
ciclísticos, roupas amarelas ou simplesmente o uso do laço no peito já
despertam atenção e contribuem para a conscientização. Faça parte desta causa!
E não se esqueça: a campanha é em setembro, mas falar sobre prevenção do
suicídio em todos os meses do ano é
fundamental!
CVV
O CVV é uma das ONGs mais antigas do país. Fundado em São
Paulo em 1962, atua no apoio emocional e
na prevenção do suicídio por meio do telefone 188, e também por chat,
e-mail e pessoalmente.
É membro fundador do Befrienders Worldwide e ativo junto ao
IASP (Associação Internacional para Prevenção do Suicídio), Abeps (Associação
Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio) e outros órgãos internacionais
que atuam pela causa.
(Foto: CVV/Facebook/Reprodução)
Hoje, cerca de 3 mil
voluntários, em mais de 110 postos, prestam serviço voluntário e gratuito
24 horas por dia, nos 365 dias do ano, aos que querem e precisam conversar
sobre seus sentimentos, dores e descobertas, dificuldades e alegrias.
De forma sigilosa e
sem julgamentos, o voluntário do CVV busca ouvir aquele que liga com profundo
respeito, aceitação, confiança e compreensão, valorizando a vida e,
consequentemente, prevenindo o suicídio
Após a implantação do telefone 188, por meio de acordo com
o Ministério da Saúde que garantiu gratuidade da tarifação telefônica, foram
registrados cerca de 3 milhões de
atendimentos por ano.
Todas as formas de acesso podem ser conferidas no site
www.cvv.org.br, onde também é possível se informar sobre o Posto CVV mais
próximo e como se tornar voluntário.
Voluntário
(Foto: CVV/Facebook/Reprodução)
O voluntário do CVV doa seu tempo e sua atenção para quem
deseja conversar com outra pessoa de forma anônima, sigilosa e sem julgamentos
ou críticas.
Se você tem mais de 18 anos de idade, pelo menos quatro
horas disponíveis por semana e vontade de ajudar pessoas, você
pode ser um plantonista do Programa de Apoio Emocional do CVV.
Para isto, você precisa participar de um curso gratuito de preparação de voluntários,
em uma das sedes ou no ambiente virtual. As principais frentes de atuação do
plantonista são o atendimento por telefone, voip e chat.
Acompanhe
aqui a agenda de cursos em todo o Brasil.
Também é possível ser um voluntário-especialista, auxiliando com conhecimentos e habilidades próprias, como, por exemplo, na divulgação, captação de recursos ou tecnologias. Nesse caso, entre em contato pelo e-mail: [email protected].
Expectativa
de alcance recorde
(Foto: CVV/ Reprodução)
Neste ano, diversos fatores levam a crer que o movimento Setembro
Amarelo terá alcance recorde. A começar pelo fato de que o CVV chegou a 110 postos de atendimento em todo
o país com mais de 3.000 voluntários em atuação.
O movimento, no entanto, não é do CVV, mas o CVV é um dos seus mobilizadores desde o
início. Quanto mais pessoas participarem das iniciativas, melhor para
todos. Exemplos de ações são a iluminação em amarelo de prédios e monumentos,
caminhadas e passeios ciclísticos, palestras e rodas de debate, ações dentro de
empresas e distribuição de balões amarelos.
Durante todo esse mês, as diversas ações serão
compartilhadas nas mídias sociais do
movimento (Facebook e Instagram) identificados como @setembroamarelo, e
também nos perfis oficiais do CVV (@cvvoficial). Fotos e vídeos de iniciativas
por todo o país podem ser enviadas para esses canais para estimularem mais
pessoas a aderirem na causa.
Fontes: