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Quando se projeta uma
estrutura, deve-se usar a norma respectiva vigente no Brasil. O órgão que
confecciona estas normas é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Para projetar uma
ponte hoje é possível ainda usar a ABNT NBR 7187:2016 2003, porém com um acordo estabelecido pelo
ISO, (International
Organization for Standardization - Organização Internacional de Normalização)
as normas deverão ser revisadas a cada 5 anos.
Assim, a nova NBR 7187:2016 2018 – Projeto de pontes, viadutos e passarelas de concreto armado e de concreto protendido – Procedimento, já se encontra em fase avançada de discussão e poderá vir a consulta até o final deste ano ou começo do próximo. O comitê que cuida desta norma é o CEE 231, que tem como Coordenador o Eng. Júlio Timerman e como Secretário o Eng. Iberê Martins da Silva.
Para se ter um
histórico desta norma, basta consultar o catálogo da ABNT que, para o caso da norma de pontes,
apresenta o resultado indicado na Figura 1:
Figura 1 – Resultados apresentados pelo catálogo de da ABNT para a indicação de NBR 7187.
Recentemente, duas
palestras foram proferidas pelo Secretário da NBR 7187:2016 2018, Engenheiro
Iberê sobre o andamento da norma:IV Encontro de Engenharia de Estruturas
ABECE-UFSCar, em 26 de abril de
2018 - “Atualização de normas para projeto e execução de estruturas”; e no X
Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas no Rio de Janeiro, no dia 11/05/2018.
Em seguida, faz-se um
resumo das principais observações feitas nas duas palestras em questão. A primeira
mudança feita na norma NBR 7187:2016 2018 de pontes foi a de colocar um
escopo no lugar de objetivo contido na versão de 2003, com os seguintes
dizeres:
Escopo
- Esta Norma fixa
especifica os requisitos que devem ser obedecidos no de projeto, na
execução e no controle das pontes, viadutos e passarelas de concreto.
- Esta Norma
aplica-se aos projetos de recuperação e reforço de estruturas existentes, não abrangendo sistemas e
materiais de reforço.
- Esta Norma não
se aplica a estruturas em armado e de concreto protendido, excluídas aquelas em que se empregue
concreto leve ou outros concretos especiais.
Substituindo a versão
do item 3.5.7 da norma de 2003, criou-se o seguinte item 5.5:
- No caso de
metodologias executivas serem consideradas como premissas do projeto
estrutural, influenciando na estabilidade da estrutura durante a construção,
nos esforços finais ou na mudança de geometria da estrutura, serão necessários desenhos
específicos da sistemática construtiva prevista.
Na questão de requisitos, ocorreram mudanças no novo texto.
* O Prof. Roberto Chust Carvalho é Doutor e Mestre em Engenharia de Estruturas pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Engenharia Civil – UFRJ. Tem experiência na área de Engenharia Civil com ênfase em Estruturas de Concreto, atuando principalmente nos seguintes temas: Concreto Armado e Protendido, Estruturas Pré-Moldadas, Projeto e Análise de Estruturas, Pontes Lajes Alveolares Protendidas. Autor de dois livros: Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado, volumes 1 e 2.