National Geographic financiará escavações em sítio arqueológico no Maciço de Baturité



National Geographic financiará escavações em sítio arqueológico no Maciço de Baturité
Sítio arqueológico da Serra do Evaristo, no Maciço de Baturité. (Foto: Focus/Divulgação)

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O estudo pretende compreender o processo de ocupação do território cearense.



A National Geographic irá financiar novas escavações no sítio arqueológico da Serra do Evaristo, no Maciço de Baturité. O estudo pretende compreender o processo de ocupação do território cearense e esclarecer questões relacionadas à formação e cronologia, delimitação, uso e função do espaço do sítio arqueológico.


O levantamento contou com o apoio científico do Instituto de Arqueologia e Patrimônio Cultural do Ceará – Instituto Tembetá, instituição de guarda arqueológica cadastrada pelo IPHAN. “Um estudo mais aprofundado do material osteológico proveniente desse sítio poderá trazer novas informações sobre a saúde bucal e padrão dietário dessa população, o que poderia contribuir para o início das discussões sobre as estratégias de subsistência desses grupos”, o arqueólogo Vinicius Franco.


A pesquisa será coordenada por Andrea Lessa, professora titular do Programa de Pós-graduação em Arqueologia do Museu Nacional (UFRJ) e por Sérgio Monteiro, professor do curso de arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).


A comunidade do Evaristo possui grande interesse no desenvolvimento das pesquisas arqueológicos na serra, é tanto que a primeira escavação, em 2012, ocorreu após anos de pedidos enviados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, no Ceará, e teve grande envolvimento da comunidade local”, diz Vinicius Franco.


Em 2019, a National Geographic premiou o projeto de doutorado de Vinicius Franco “Novas perspectivas para as culturas pré-coloniais do nordeste brasileiro por meio de urnas funerárias”. Segundo Vinicius Franco, apesar do investimento do prêmio da National Geographic e de outras instituições nacionais, o projeto ainda precisaria de um orçamento complementar, que pode ser financiado pelo poder público ou pela iniciativa privada.



O Ceará dentro do Ceará


Vista do Maciço de Baturité (Foto: tripadvisor)


Maciço de Baturité traz clima diversificado, gastronomia regional, nacional e internacional, contato com a natureza, esporte, trilhas e pontos que narram a história do Ceará.


Uma fuga rápida, tranquila e que vai ao encontro de belezas naturais, clima ameno, gastronomia diversificada e, claro, muitas opções de lazer e aventura.


Localizada no sertão central cearense, a região é composta por 13 municípios: Acarape, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Itapiúna, Mulungu, Ocara, Pacoti, Palmácia e Redenção. Sendo possível acessar as cidades por meio das rodovias: CE-060, CE-065 e CE-356. Apenas para Ocara que o viajante chegará - exclusivamente - pelas rodovias BR 116/112 e CE-257.


O Maciço de Baturité apresenta um quadro geológico completo, com rochas ígneas, metamórficas, sedimentares e sedimentos.


Está inserido no contexto geológico do Complexo Ceará (idade neoproterozoica), que ocorre em 70% da área do Maciço de Baturité, onde a Unidade Canindé (paragnaisses migmatizados, com lentes de quartzito, mármore, anfibolito, e podem ocorrer formações ferríferas) representa 55% e a Unidade Independência (Paragnaisses e micaxistos aluminosos, quartzitos, mármores, e mais raramente anfibolitos) representa 15%.


As rochas ígneas representam 15% da área do maciço. São granitos, granitoides, e granitos gnaissificados (este exclusivamente na porção Norte do maciço) relacionados à Granitogênese Brasiliana (idade neoproterozoica). Na porção central do maciço ocorre uma suíte diorítica, com gabros e granitoides subordinados.


As rochas sedimentares compõem 15% da área do maciço (idade cenozoica). São, sobretudo, arenitos argilosos, geralmente avermelhados, com cimentação ferruginosa ou, por vezes, silicosa, correspondendo à Formação Barreiras. Com menor frequência ocorrem depósitos aluviais e coberturas de espraiamento aluvial, com areias quartzosas, argilosas, e mais raramente, conglomeráticas.


A Área de Proteção Ambiental da Serra de Baturité criada pelo Decreto Estadual nº 20.956, de 18 de Setembro de 1990, é uma Unidade de Conservação que abrange parte da Serra de Baturité. Está localizada na mesorregião do Norte Cearense, incluindo áreas dos municípios de Palmácia, Pacoti, Guaramiranga, Mulungu, Baturité, Redenção, Capistrano e Aratuba. A APA da Serra de Baturité é a primeira e mais extensa criada no Ceará.


A Área de Proteção Ambiental da Serra de Baturité foi criada através de decreto pelo então governador cearense Tasso Ribeiro Jereissati, com o objetivo de preservar o ecossistema da região.


Biodiversidade


Fauna: bugio, veado-mateiro, preguiça, serelepe (ou caxinguelê), quati, jararaca, coral, suçuarana


Flora: samambaia-açu ou xaxim, hoje espécie ameaçada devido à exploração desenfreada. Árvore muito antiga, contemporânea dos dinossauros, figueira, que apresenta mais de 5000 espécies em todo o mundo, principalmente em climas tropicais. 


Devido à força de suas raízes, não aconselha-se plantá-la perto de edificações, com a certeza de trincas e rachaduras nas paredes, jacarandá-paulista, canela-incenso, embaúba, tapiá-mirim (árvore habitante principalmente de morros e montanhas, e sua madeira é muito utilizada na indústria madeireira), pau-jacaré, palmito-doce (ou içara ou palmeira, nativa da Mata Atlântica), açoita-cavalo, pasto-d'anta, cedro-rosa, bambu, araucária, helicônia, jequitibá-branco, vassourão-branco (ou vernonia), philodendros, cabreúva, pata-de-vaca (nome dado devido ao formato de suas folhas, circulares achatado), e bromélias, originária das Américas, de florestas tropicais, apresenta mais de 200 espécies, e o gênero ananas é utilizado para produção de batatas e morangos.


O turismo na região é muito ativo, e tende a se tornar um pólo de desenvolvimento local, visto o grande fluxo de pessoas, principalmente no período do inverno. A Lei Complementar Estadual nº 154, de 20 de outubro de 2015, define a nova composição da região de planejamento do Maciço de Baturité, sendo a regionalização fixada em 13 municípios: Acarape, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Itapiúna, Mulungu, Ocara, Pacoti, Palmácia e Redenção.



Fontes:

- Focus

- Jornal O Povo

- Wikipedia


Pós-Graduação