Hotel Burj Al Arab: a obra prima de Tom Wright



Hotel Burj Al Arab: a obra prima de Tom Wright
(Foto: eicee.org - A Arquiteta/Reprodução)



Dubai é uma das regiões mais lembradas por causa da sua riqueza e da sua modernidade. As suas construções refletem isso e uma das que mais se destacam é o Burj Al Arab, um grande hotel e que, de fato, é o maior do mundo. É aqui que se pode começar a citar Tom Wright, o arquiteto que fez esse projeto.



Wright é britânico e o seu estilo de Arquitetura é o pós-moderno. Tendo estudado na Universidade de Kingston, ele nasceu no ano de 1957. Ele dirigiu a Atkins por duas décadas e, quando a deixou, começou o seu próprio empreendimento, chamado WKK: seus sócios eram Geku Kuruvilla e também Hakim Khennouchi e a ideia dos três era buscar (e incentivar) a excelência nos projetos arquitetônicos.


(Foto: A Arquiteta/Reprodução)



Além dos projetos grandiosos que já foram realizados por Wright em muitos lugares, a Grã-Bretanha tem muitos edifícios comerciais que têm a sua assinatura. No entanto, depois de dez anos, o arquiteto saiu da WKK e seguiu os seus projetos de Arquitetura sozinho.



Hotel Burj Al Arab


Esse hotel dos Emirados Árabes faz com que qualquer visitante suspire somente ao visualizá-lo de longe tamanha a sua grandeza: para hospedar-se, então, as diárias são elevadíssimas. Tanto os suspiros quanto os custos começam a ser explicados quando se retoma que esse é o maior hotel do mundo e que a sua fachada é uma das mais inovadoras de toda a Arquitetura, além do seu interior completamente luxuoso.



Para começar, o hotel, que também é chamado de Torre das Arábias, é feito majoritariamente de vidro e de aço, tendo mais de 200 quartos e sendo classificado como 7 estrelas. Ele começou a ser construído no ano de 1994 e foi finalizado somente em 1999.



O local em que ele foi construído é uma ilha artificial que está próximo à Jumeierah Beach. A forma do hotel é a de um veleiro, o que é muito diferente de qualquer outra construção, mas não é apenas pela parte estética que Wright pensou nesse desenho: na verdade, as pilastras dobradas, que são de metal, auxiliam muito para que o grandioso prédio fique bem sustentado, já que a Arábia Saudita tem muitas ventanias e que isso deteriora as construções.


(Foto: diedrica.com - A Arquiteta/Reprodução)


Vale a pena falar mais sobre a forma de veleiro que esse hotel apresenta porque ela é mais que um elemento arquitetônico ou de firmeza: muitos profissionais da Arquitetura e publicações especializadas chamaram-na de “nova era”. De fato, ela representa um desprendimento das formas tradicionalmente retas que se veem nas construções, no geral. Isso combina com a ideia de modernidade que os árabes quiseram inserir em Dubai.



Começo do projeto


Apesar de o prédio ser tão grandioso, o seu planejamento começou de maneira absurdamente simples: Wright fez o esboço em um guardanapo. Depois de ser entregue, ele agradou aos donos do imóvel, inclusive pela junção da ilha artificial à ideia da forma de veleiro. Aliás, a ideia dessa forma veio quando o arquiteto estava no Chicago Beach Hotel e admirava diversas embarcações. Nesse momento, ele considerou que o prédio poderia ter um formato semelhante.



Aspectos numéricos do hotel


Para que ele fosse tão grandioso, a quantidade de material utilizada foi muito grande também: no concreto, foram mais de 70 mil metros cúbicos; no Mármore Carrara, mais 13 mil metros. Foram utilizadas folhas de ouro também: ao todo, 8 mil metros quadrados, valendo dizer que elas eram 24 quilates.



Como dito, o aço é fundamental para a estrutura do Burj Al Arab e são 9 mil toneladas. O vidro, que é a outra grande estrela dessa construção, também foi usado de maneira numerosa: Wright precisou de 43 mil metros quadrados desse material. O Brasil esteve, indiretamente, nessa construção: o motivo é que o granito brasileiro, chamado de Granito Azul Bahia, também fez parte do hotel.



O conforto com relação aos serviços fornecidos é um pouco excêntrico, mas é explicado pelas 7 estrelas do hotel: primeiramente, existem 13 tipos de travesseiros para os hóspedes escolherem, além de nenhum quarto poder ter menos de 170 metros quadrados. Os hóspedes nunca pagam menos $2.000,00 como diária, mas podem pagar até $13.000,00, se estiverem na suíte real.



O hotel tem 60 andares e o transporte dos hóspedes é realizado com uma frota muito especial: o Burj Al Arab disponibiliza helicóptero e nada menos que Rolls Royces. No caso do helicóptero, o luxo segue, já que os hóspedes podem beber champagne enquanto estão sendo transportados.


(Foto: architecturepin.com - A Arquiteta/Reprodução)


Já houve até programas de televisão a respeito desse hotel, que é conhecido como mega estrutura. Aliás, o empreendimento está citado no Guinness Book, já que é o prédio com maior altura de todo o mundo.



Por causa da altura, era possível que os hóspedes sentissem tontura. Por causa disso, Wright pensou em cores alternadas para que as pessoas tivessem mais sensação de solidez enquanto estivessem no seu interior. A escada rolante tem raios laser e também água: o conjunto faz com que as cores sejam mudadas enquanto a escada movimenta-se.



Uma das quadras de tênis do hotel é considerada a mais alta de todo o mundo e foi um lance de Marketing. A razão é que os donos queriam promover o hotel e, por isso, instalaram essa quadra onde era o heliponto a fim de que Roger Federer e o André Agassi pudessem jogar.



Outro ponto de luxo desse estabelecimento é o restaurante submarino. Além do local do restaurante, ele tem alguns golfinhos, além de instalações tecnológicas que englobam TV de plasma e muito mais. Outra alcunha de “mais alto do mundo” vai para a parte central do hotel: nela, seria possível por até a Estátua da Liberdade, já que o pé direito tem 182 metros.




Outras obras de Tom Wright


Apesar de ser impossível dissociar Tom Wright do imenso Burj Al Arab, o arquiteto tem mais construções que são muito conhecidas, como o Al-Rajhi, que também está na Arábia Saudita e foi feito em 2006 e o Bahrain World Trade Center.


(Foto: prc-magazine.com - A Arquiteta/Reprodução)



Fonte:

 - A Arquiteta by Luciana Paixão



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