(Foto: ABECIP)
A equipe econômica do Governo estuda tornar obrigatório o
uso de uma nova tecnologia para a construção de casas populares no programa
Minha Casa, Minha Vida a partir de 2022. Até agora, o uso do Building
Information Modeling (BIM) — em português, Modelagem da Informação da
Construção — era previsto apenas para 2028. A estratégia pode baratear as obras em até 20%.
Isso porque a modelagem é feita em três dimensões. Assim, o construtor sabe exatamente onde ficarão
portas e janelas, por exemplo. Não será preciso, por exemplo, construir uma
parede para depois quebrá-la para encaixar batentes. A diferença
não está na construção, que ainda é feita com tijolo e cimento. O que muda
com essa tecnologia é a forma de erguer
a obra. Tudo é feito como se a casa ou prédio saíssem de uma impressora 3D.
Para construir nesse formato é preciso ter um banco digital
de imagens de portas, encanamentos, janelas e outros itens. É como se fosse uma grande biblioteca.
As grandes empreiteiras já têm esse tipo de arquivo, mas as pequenas ainda
não. A ideia é disponibilizar isso gratuitamente para todos os
construtores e dar maior competitividade para os menores, aumentando a
concorrência no mercado.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
está à frente desse programa. A equipe econômica do Governo Federal deu novas
diretrizes para a única agência que ficou no guarda-chuva do Ministério da
Economia. Ela terá de desenvolver soluções para o mercado e setor público para "digitalizar" a economia.
Terá de pensar propostas para estimular, por exemplo, a
indústria 4.0, cidades do futuro, BlockChain e outras iniciativas de tecnologia que podem ter rápido impacto
econômico.
“Agora, nosso único foco é a digitalização da economia. Vamos ser um Big Data que gera inteligência
para vários setores”, falou o presidente da instituição, Guto Ferreira.
Um projeto piloto deve começar no município paulista de Monteiro Lobato, que tem apenas 4 mil
habitantes, para torná-lo uma cidade do
futuro. O programa é espelhado na cidade do Porto (Portugal), que é uma
referência de tecnologia onde, por exemplo, o fluxo de ônibus é controlado por sensores.
Ferreira afirmou ainda que a agência também deve apresentar
para o novo comando do Exército novos trajes tecnológicos. As roupas dos
soldados brasileiros devem ter sensores
de temperatura, localizador por GPS, tecido que limpa lama e até placas solares
para o carregamento de dispositivos eletrônicos.
Com Coordenação dos Prof. M. Sc. Rogério Lima e M. Sc. Luiz
Augusto Contier, o MBA
em Plataforma BIM objetiva formar Gestores de BIM (BIM Managers) para
atuar no desenvolvimento de projetos, gerenciamento e execução de obras
prediais, que façam uso desta tecnologia.
Com a evolução das ferramentas tecnológicas, podemos
afirmar, nos dias atuais, que a implementação BIM (Building Information
Modeling) se faz presente, o que representa uma evolução dos processos convencionais (CAD) nas práticas de
concepção, produção, gestão e entrega de projetos arquitetônicos e execução de
obras, como também uma revolução, tanto no mercado como também no ensino e
práticas de Engenharia
e Arquitetura.
Portanto, é de extrema importância formar profissionais
especialistas em BIM com habilidades e competências para atuar com esta nova
plataforma e poder então encabeçar este processo de transformação na indústria da Construção Civil.
Fonte:
- ABECIP