Catedral Imperial de Petrópolis conclui maior restauro de sua história



Catedral Imperial de Petrópolis conclui maior restauro de sua história
Catedral Imperial de Petrópolis. Foto de Leonardo Shinagawa, via Flickr. Licença CC BY 2.0 - ArchDaily Brasil/Reprodução




Após amplo restauro iniciado em janeiro de 2021, a Catedral Imperial de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, foi reinaugurada. As intervenções contemplaram a implantação de uma galeria de arte autoexpositiva e de um circuito de visitação do interior da cobertura do templo, que prometem incrementar a visita de fiéis e turistas.


De caráter multidisciplinar e complexidade logística, as obras foram fomentadas pela Lei de Incentivo à Cultura e acompanhadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que fiscalizou e deu suporte às intervenções. Fruto do projeto proposto pela Mitra Diocesana de Petrópolis, a execução contou com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, por meio do BNDES Fundo Cultural, investiu R$ 13,1 milhões na Catedral Imperial.


O mausoléu onde se encontram os restos mortais da família imperial foi inteiramente restaurado. Além disso, nas cúpulas e agulhas neogóticas foi instalada uma passarela para contar a história da construção do templo e exibir documentos históricos da fundação da cidade. Esta nova área torna a torre acessível ao público: a 70 metros de altura, exibe vista panorâmica da cidade. 


Catedral Imperial de Petrópolis. Foto de Wilfredor, via Wikimedia. Licença CC BY-SA 4.0 - ArchDaily Brasil/Reprodução



O restauro contemplou ainda serviços de limpeza, recuperação das fachadas, cobertura e revestimentos interiores. De maneira paralela, foi realizado um amplo trabalho de reforço das bases estruturais para impedir o avanço de deformações causadas pela chuva torrencial de 1988. Arqueólogos acompanharam de perto este serviço. As melhorias resistiram à tempestade de fevereiro de 2022, o que indica a qualidade das intervenções realizadas.  


Outra etapa que se destacou foi o deslocamento das telhas, que estavam fora do lugar. A equipe refez o cálculo e reposicionou os elementos, amarrando-os para que não se soltassem mais. 



A Catedral 


O atual edifício da igreja começou a ser construído em 1884. Inspirado nas antigas catedrais do norte da França, o engenheiro e arquiteto baiano Francisco Caminhoá delineou o projeto arquitetônico em estilo neogótico. Em 1925, foi inaugurada a matriz, após 37 anos de trabalhos. As obras da fachada só começaram em 1929 e a torre foi erguida entre 1960 e 1969. O templo ostenta um carrilhão de nove toneladas com cinco sinos de bronze fundidos na Alemanha. 


Catedral Imperial de Petrópoilis. Foto de Wilfredor, via Wikimedia. Licença CC BY-SA 4.0 - ArchDaily Brasil/Reprodução



A Catedral Imperial foi tombada pelo Iphan em 1980. O tombamento da igreja é uma extensão da proteção conferida, desde 1964, à Avenida Köeler, inscrita no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. 


Trata-se de uma das principais vias do plano urbanístico de Petrópolis. Com autoria do Major Júlio Frederico Köeler, conserva aspectos paisagísticos e urbanísticos originais. O leito do Rio Quitandinha margeia o eixo central da avenida, que se inicia na antiga Praça de São Pedro de Alcântara – onde se localiza a Catedral – e termina na Praça de Rui Barbosa. 



Fonte:

- ArchDaily Brasil.



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