Arquitetura Efêmera: entre o transitório e o definitivo



Arquitetura Efêmera: entre o transitório e o definitivo
Dior – Spring Summer 2018, exemplo de Arquitetura Efêmera. (Foto: Reprodução/Dior)


O interesse no conhecimento sobre conceitos e referências projetuais da Arquitetura que tenham sido concebidas para atender a um objetivo permanente, mas não tenham conseguido sobreviver a um mínimo tempo de vida, nos conduz indiretamente à busca do melhor entendimento do que possa ser a Arquitetura Efêmera.

 


Propostas novas, práticas antigas

 

Se a palavra efêmera surge de forma provocadora, quando aliada à Arquitetura, a sua etimologia é velha conhecida quando aplicada adjetivamente a outros referenciais. A origem da palavra efêmera vem do grego ‘ephémeros’, que significa


1.       Que dura um só dia.

2.       Passageiro, transitório (Dicionário Michaellis eletrônico, 2015). Um adjetivo, enfim.

 

Em muitos casos os edifícios permanecem, mas seu significado não, “deixando para trás cascas vazias que não têm mais a mesma importância ou relevância que um dia tiveram” conforme avaliação do arquiteto inglês Robert Kronemburg (Portable Architecture. 3ª ed. Reino Unido: Architectural Press, 2003).

 

A oportunidade de trabalhar este tema com alunos é uma possibilidade de se conhecer a potencialidade da pesquisa sobre o assunto, além da percepção daquilo que estudantes poderiam identificar no seu entorno, quando instigados a respeito dessa questão do efêmero com o definitivo na Arquitetura.

 

Nessa experiência, são expostos relevantes exemplos de efemeridade existentes na história da Arquitetura da cidade do Rio de Janeiro. Algumas vezes, informações e curiosos exemplos que tangenciam a vida dos moradores e visitantes desta cidade de 453 anos servem como objeto de estudo para serem apreciados, discutidos e refutados até o fim.

 

A experiência pode também promover novas bases à reflexão do quanto a Arquitetura poderá ser definitiva ou efêmera na relatividade da passagem pela duração de sua existência.

 

Os estudantes apresentam diversos casos, não raros ou ainda mais expressivos, daquilo que pode mais ou menos ao tempo ter sido considerado no planejamento inicial do projeto ou da obra. Motivos múltiplos, justificativas pseudotécnicas, pessoais, políticas ou decisões intempestivas sobre o que serve ou não para suprir interesses da sociedade. Situações contextualizadas no contraste entre perspectivas de efemeridade e perenidade.

 

Infere-se, portanto, uma reflexão contínua sobre o valor da Arquitetura a partir do comentário do professor Victor Molina Escobar "Há no efêmero um movimento do ser ao não ser. É uma metamorfose. A obra é e logo deixa de ser“.

 

A Arquitetura Efêmera está, portanto, envolta em diversos contextos, não se limitando à longevidade ou materialidade, mas, sobretudo, à sua função no tempo e no espaço. Uma relação onde o lugar pode existir separadamente da paisagem.

 

 

 Pós-Graduação em Arquitetura de Hospitais, Clínicas e Laboratórios

 

Coordenada pela Profa. Elza Costeira a Pós-Graduação emArquitetura de Hospitais, Clinicas e Laboratórios tem como principal objetivo formar Projetistas na área de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), que possam se inserir no mercado contemporâneo.

 

Com carga horária de 400h, a Especialização já realizou mais de 30 turmas em todas as regiões do Brasil, formando cerca de 1.000 arquitetos que hoje estão aptos para atuar como Projetista de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS).

 

Considerando toda a legislação vigente, nossa Especialização em Arquitetura de Hospitais, além de preparar o arquiteto para elaboração e execução de projetos, considerando o Programa e Plano Diretor para Estabelecimentos de Saúde, onde dedicamos 20h, também apresenta discussões enriquecedoras sobre as Normas Brasileiras necessárias para estabelecimentos de saúde. Para isso, temos 20h dedicadas a Legislação, Normas e Parâmetros das Construções Hospitalares.

 

Além das disciplinas de conteúdo legal, onde estudamos e discutimos as normas, nosso Curso apresenta 40h dedicadas ao projeto de áreas de Serviços de Diagnósticos e Terapia, 60h dedicadas ao projeto das Instalações e Iluminação nas EAS, 40h dedicadas a Sustentabilidade, Licenciamento Ambiental, Gerenciamento de Resíduos, Certificação e Acreditação, além de 20h sobre Manutenção e Recuperação do Edifício Hospitalar.

 

Esses são apenas alguns dos módulos que serão ministrados na nossa Especialização, que hoje é referência nacional para o segmento e com o importante apoio da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar – ABDEH. O curso tem o objetivo de fornecer ao Arquiteto o instrumental adequado para a coordenação, gerenciamento, planejamento e projeto de unidades de saúde e ainda fornecer conhecimento em todos os aspectos, seja tecnológico e científico, no sentido de compreender a complexa Estrutura das Unidades de Saúde em todos os seus níveis de complexidade: Primário, Secundário e Terciário.


Professor INBEC